Das noites do tempo sopram ensinamentos dos ancestrais que se manifestam no que somos e no que podemos ser. Os ciclos da vida e do universo são interpretados e traduzidos de diversas formas, por diversas sociedades. A diversidade de interpretações artísticas, filosóficas, científicas e religiosas ajudam a entender o que somos, onde estamos e para onde vamos. Indicam, ao mesmo tempo, a Unidade presente em todos nós, manifesta de forma variada e mutável.
Ayan Agalu representa a propagação das vozes e ritmos que movimentam e conectam o Universo. Somos todos partes de um todo, nossas escolhas afetam o coletivo e de quebra voltam como novas informações, limites e opções. A ordem e desordem desse sistema complexo precisa de lógica, precisa de sentimento, precisa do axé de ciclos, ritmos, vozes e tempos.
O coletivo Ayan Agalu representa pesquisadores, músicos, filósofos e artistas de várias matizes, ideias e perspectivas. A proposta é apoiar a propagação de visões de mundo integradoras, manifestas de diferentes formas. A propagação e difusão artística e filosófica sobre cultura, sociedade, política e religiosidade realizada pelo projeto tem enfoque na representação de ideias inclusivas e de síntese, que fortaleçam a autonomia intelectual do Sul Global. Como diria o velho Alabê: “Tambor, Tambor! Vai buscar quem mora longe!”
“Oju mo ti mo [É um novo dia]
Oju mo ti mo mi [Eu vejo um novo dia]
Ni le yi o, o [Nesta terra]
Oju mo ti mo, mo ri re o [É um novo dia, eu vejo alegria]
Eye adaba, eye adaba [Pomba divina, pomba divina]
Eye adaba ti n fo lo ke lo ke [Pomba divina que voa alto no céu]
Wa ba le mi o, o [Venha e desça sobre mim]
Oju mo ti mo mo ri re o [É um novo dia, eu vejo alegria]”
Asa – Eye Adaba
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